São Luís, (13/08/25) – Pacientes com glaucoma em São Luís estão enfrentando uma verdadeira batalha para conseguir seus colírios essenciais, distribuídos pelo programa do governo. A situação, que já era grave, ganha um nome: a clínica Espaço Visão é apontada por um paciente como uma das responsáveis pelas dificuldades enfrentadas. O relato detalha um sistema falho que tem forçado muitos a comprar medicamentos caríssimos.
A denúncia, feita por um paciente que preferiu não se identificar, revela que a clínica Espaço Visão disponibiliza apenas uma linha telefônica para o agendamento de retirada dos colírios. A alta demanda faz com que o telefone fique sempre ocupado, tornando quase impossível o contato e a marcação. O paciente relata que a política da clínica não permite atendimento presencial para agendamentos, o que cria um beco sem saída.
“Eu sou vítima também, não consigo por telefone e as clínicas não atendem presencialmente, só quando vamos receber os colírios”, desabafa o paciente.
A dificuldade em agendar a retirada dos medicamentos tem um impacto direto e pesado no bolso dos pacientes. Para não interromper o tratamento, muitos se veem obrigados a comprar os colírios, que têm um custo elevado. Alguns chegam a custar até R$ 130,00, e o mais barato não sai por menos de R$ 50,00, um valor inacessível para a maioria das pessoas que dependem do programa social.
O paciente ressalta que a situação não era assim. Antes, em outra clinica a entrega era feita com mais facilidade, e a pessoa já saía com a data agendada para o retorno, o que garantia a continuidade do tratamento. A mudança na política de agendamento gerou o cenário atual, de angústia e revolta.
A falta de acesso à medicação coloca a saúde de centenas de maranhenses em risco. O tratamento contínuo é fundamental para controlar o glaucoma e evitar a cegueira. Diante desse cenário, um apelo urgente é feito ao secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, para que investigue a situação na Espaço Visão e em outras clínicas conveniadas, buscando uma solução imediata para que os pacientes recebam os colírios sem tanta burocracia e sofrimento.
