A relação entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o vice-governador Felipe Camarão (PT) entrou em colapso, abrindo uma das maiores crises políticas dos últimos anos no Maranhão.
Após a divulgação de áudios comprometedores nas redes sociais e o discurso inflamado do deputado federal Márcio Jerry, denunciando acordos políticos não cumpridos em favor de Camarão, o que antes era apenas boato de bastidor tornou-se briga pública e aberta.
No Palácio dos Leões, a paz deu lugar a um cenário de conflito declarado. Entre aliados, já se comenta que Felipe Camarão dificilmente terá condições de disputar a sucessão estadual, podendo, no máximo, concorrer a uma vaga na Câmara Federal.
Fim da era de união e o retorno das disputas
O grupo político que chegou ao poder em 2014, sob o comando de Flávio Dino, com o lema de um “Maranhão de Todos Nós” e o rompimento com a hegemonia do grupo Sarney, enfrenta agora o seu maior racha interno desde então.
Essa cisão abriu caminho para o fortalecimento de um nome fora da estrutura palaciana: o do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que surge como o principal beneficiado da crise.
Braide observa o cenário e ganha força
De acordo com informações do blog do Jorge Vieira, fontes próximas ao prefeito confirmaram que Braide, líder nas pesquisas de intenção de voto, aguardava apenas o desfecho da crise entre Brandão e Camarão para anunciar sua pré-candidatura ao governo do Estado.
O projeto político já estaria bem estruturado, mas o anúncio oficial deve ocorrer apenas no início de 2026, dentro do prazo legal para desincompatibilização do cargo de prefeito.
Base governista de Lula enfraquecida no Maranhão
A crise abalou a base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Maranhão. Deputados estaduais e federais afirmam que acordos firmados durante a composição da chapa de 2022 não foram respeitados, gerando insatisfação e rupturas internas.
Com isso, tanto Felipe Camarão (PT) quanto Orleans Brandão (MDB) — sobrinho do governador — ficaram expostos e politicamente fragilizados.
Nos bastidores, a avaliação é clara: “Unido, o grupo seria imbatível; rachado, é presa fácil.”
Estratégia e paciência
Aliados de Eduardo Braide afirmam que o prefeito tem atuado com cautela, evitando declarações precipitadas. O momento, segundo seus interlocutores, é de observação e planejamento.
Caso Brandão e Camarão tivessem se reconciliado, e o governador entregasse o comando do Estado ao vice com o apoio do presidente Lula, Braide não teria motivos para deixar a Prefeitura.
Mas com a implosão definitiva da aliança governista, o cenário mudou. Agora, o prefeito aguarda o momento certo para anunciar sua saída da Prefeitura de São Luís, entregando o cargo à vice-prefeita Esmênia Miranda, e iniciar uma nova etapa de sua trajetória política.
Conclusão: o tabuleiro político em transformação
O rompimento entre Brandão e Camarão redefine o tabuleiro político maranhense e abre caminho para a consolidação de Eduardo Braide como forte candidato ao governo do Estado em 2026.
O que começou como uma disputa interna no Palácio dos Leões transformou-se em um divisor de águas, capaz de reconfigurar alianças e abrir espaço para uma nova liderança emergir no comando do Maranhão.
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Professor Correia, filósofo e historiador, sempre acompanhando os fatos sociais e político do Brasil.