São Luís , MA – A situação do deputado estadual Hemetério Weba se tornou ainda mais delicada nesta semana. Na última quarta-feira, 23 de abril de 2025, a deputada Fabiana Vilar (PL) formalizou um contundente pedido à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão (AL-MA) para a decretação da perda do mandato do colega parlamentar. A movimentação, que já pairava no ar desde a sessão plenária anterior, explicita a crescente pressão sobre Weba em meio a questionamentos sobre sua condição legal para exercer o cargo.
Em um prenúncio do que viria a se concretizar, Fabiana Vilar já havia elevado o tom no plenário, lançando luz sobre a licença de 25 dias solicitada por Hemetério Weba para tratamento de saúde. A deputada, com veemência, sublinhou um ponto crucial: Weba já se encontra com seus direitos políticos suspensos, um fator que, na visão de Vilar, mina a legitimidade de sua permanência no parlamento estadual.
O requerimento protocolado por Fabiana Vilar, um documento robusto de 13 páginas, não deixa margem para interpretações políticas. A argumentação central é clara e direta: a perda do mandato de Hemetério Weba não configura uma decisão discricionária da Assembleia, mas sim uma imposição constitucional diante da suspensão de seus direitos políticos. A deputada foi incisiva ao afirmar que a inércia do legislativo maranhense em declarar a perda do mandato representaria uma grave omissão institucional, em flagrante desacordo com o ordenamento jurídico vigente.
O embasamento legal do pedido de Fabiana Vilar não se limita à questão da suspensão dos direitos políticos. O documento também traz à tona a condenação de Hemetério Weba por improbidade administrativa, uma decisão que transitou em julgado após a negativa de recurso pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Esse histórico judicial adiciona peso ao argumento de que a permanência de Weba no cargo é insustentável do ponto de vista legal e ético.
A movimentação de Fabiana Vilar acende um alerta nos bastidores da política maranhense. Caso a cassação de Hemetério Weba se concretize nos trâmites legais da Assembleia, a primeira suplente da coligação, Helena Duailibe (Partido Indefinido), já se prepara para assumir a vaga deixada. Essa iminente substituição pode reconfigurar sutilmente as forças dentro do legislativo estadual.
O pedido de cassação de Hemetério Weba promete agitar as próximas semanas na Assembleia Legislativa do Maranhão. A Mesa Diretora terá a responsabilidade de analisar o requerimento e dar seguimento aos trâmites regimentais. O desfecho desse imbróglio político terá implicações significativas para o cenário local, levantando debates sobre a integridade do mandato parlamentar e a aplicação rigorosa da lei. A “coisa”, como bem se observa, parece estar cada vez mais complexa para o deputado Hemetério Weba.
