Especialistas explicam que dois principais temas podem gerar reflexos no Brasil: as contas públicas dos EUA e o protecionismo, marcado pela guerra comercial contra a China.
Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (05) para decidir quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. E, como esperado, a eleição da maior economia do planeta está sendo acompanhada de perto por agentes econômicos do mundo inteiro, incluindo o Brasil.
A vice-presidente,Kamala Haris, , deu novos ares à corrida eleitoral após assumir a candidatura democrata no lugar de Joe Biden, atual presidente do país, que desistiu da disputa em julho em meio à pressão do partido e de eleitores. Com a mudança, cresceram as expectativas sobre como seria a condução econômica em uma eventual gestão de Kamala, que será estreante no cargo caso vença.
Do outro lado, o republicano Donald Trump é velho conhecido do mercado. O ex-presidente comandou o país de janeiro de 2017 a janeiro de 2021. Em um mandato marcado por diversas polêmicas, mostrou como é sua gestão na economia — ainda que novas ideias estejam sendo avaliadas por investidores.
Com a disputa voto a voto, a desconfiança de Trump esteja em ligeira vantagem deu o tom do mercado dos últimos dias. As dúvidas estão no efeito de uma postura protecionista do republicano, que promete elevação de tarifas e uma escalada da guerra comercial contra a China. (leia mais abaixo)
O primeiro debate — e o único — entre Trump e Kamala ocorreu em 10 de setembro, em uma noite marcada pelo tom mais assertivo da democracia, que se impôs, inclusive, em temas mais confortáveis para o republicano, como imigração e economia.
O cenário eleitoral, no entanto, ainda está indefinido. O agregador FiveThirtyEight, que compila e publica a média das pesquisas realizadas até agora, mostra Kamala com 48% das intenções de voto, pouco à frente de Trump, que tem 46,7%.