ZÉ Doca, Maranhão – A juventude indígena Ka’apor, em um clamor uníssono, vem a público denunciar a atuação nefasta do antropólogo José Mendes, popularmente conhecido como Zezinho. Há uma década, Zezinho tem sido o pivô de uma grave crise de desunião e manipulação dentro da Terra Indígena Alto Turiaçu, causando transtornos que comprometem o bem-estar e o desenvolvimento das aldeias Ka’apor.
Desde 2015, Zezinho tem se infiltrado no território, agindo de forma traiçoeira e dissimulada. Lideranças jovens Ka’apor relatam que ele tem empregado táticas de manipulação para semear discórdia entre os indígenas, colocando caciques contra caciques e parentes contraparentes. Essa divisão deliberada tem um impacto devastador, desestabilizando a coesão social do povo Ka’apor e minando os esforços de união.
Além da manipulação interna, José Mendes tem propagado inverdades, afirmando de forma enganosa que ele e um pequeno grupo representam a totalidade da população indígena Ka’apor. Essa falsidade tem prejudicado gravemente as relações com organizações não governamentais (ONGs), que, desinformadas, acabam por acreditar em suas declarações, concedendo-lhe uma legitimidade inexistente. É crucial ressaltar: José Mendes não representa o povo Ka’apor! Ele é um indivíduo isolado que, sob a máscara de “bonzinho”, tem se mostrado um elemento perigoso e prejudicial aos legítimos interesses indígenas. Preocupa ainda mais o fato de que algumas ONGs que se dizem apoiadoras dos Ka’apor, na verdade, têm se alinhado e defendido as ações desse indivíduo, negligenciando a verdadeira voz e as necessidades do povo.
A atuação de Zezinho não se limita à divisão; ela também atrapalha diretamente os projetos que, com grande esforço e luta, vêm sendo desenvolvidos nas aldeias. Sua presença e suas ações têm criado um ambiente de instabilidade que impede o avanço de iniciativas vitais para a comunidade.
Diante da gravidade da situação, Jamoi Ka’apor, jovem liderança e comunicador da aldeia Xiepihürenda, Terra Indígena Alto Turiaçu, reitera o pedido urgente de providências:
“Falo aqui em nome das jovens lidernaças que lutam pela união e pelo respeito ao nosso território. Pedimos que as autoridades tomem providência. Queremos ele fora da nossa terra!”
Este é um apelo desesperado e urgente! É imperativo que o Ministério Público Federal e a FUNAI atuem de forma imediata e rigorosa. Não se pode permitir que um indivíduo continue a usurpar a representatividade de um povo, a semear a discórdia e a comprometer o futuro de uma etnia inteira. A omissão das autoridades só agravará uma situação já insustentável.
É hora de agir contra esse usurpador! A liberdade e a autodeterminação do povo Ka’apor estão em jogo.