No dia dos povos indígenas recontamos a história de lutas e conquistas dos Ka’apor-povo da floresta.

O Dia dos Povos Indígenas foi criado para celebrar anualmente a diversidade da cultura indígena no Brasil. É comemorado no dia 19 de abril.

O Dia dos Povos Indígenas foi criado em 1943 e é um dia de celebração e de luta pelos direitos dos indígenas brasileiros.

Dia dos Povos Indígenas é uma data comemorativa celebrada no Brasil no dia 19 de abril e tem como propósito celebrar a diversidade das histórias e das culturas dos povos indígenas brasilero; combater preconceitos contra os indígenas; e estabelecer políticas públicas que garantam os direitos dos povos originários.

As origens do povo Ka’apor como grupo étnico distinto remontam a um centro amazônico Tupi-Guarani localizado entre o baixo Tocantins e o Xingu no final do século XVII e início do século XVIII; os habitantes nativos daquela região naquele momento eram conhecidos como os Pacajás.

Os Ka´apor surgiram como povo distinto há cerca de 300 anos, provavelmente na região entre os rios Tocantins e Xingu. Talvez por causa de conflitos com colonizadores luso-brasileiros e com outros povos nativos, iniciaram uma longa e lenta migração que os levou, nos idos de 1870, do Pará, através do rio Gurupi, ao Maranhão. Colonizadores brasileiros que atacaram e aniquilaram aldeias Ka’apor, por volta de 1900, ficaram surpresos ao descobrirem esplêndidos cocares de penas coloridas dentro de pequenos baús de cedro, que os sobreviventes, em fuga, teriam deixado para trás. Quando as autoridades brasileiras tentaram ‘pacificá-los’ pela primeira vez, em 1911, os Ka’apor, como os Nambiquara no Mato Grosso, eram considerados um dos povos nativos mais hostis no país . Tal pacificação, tanto dos Ka’apor quanto dos karaí (não índios), ocorreu em 1928 e durou por quase 70 anos. Recentes invasões da terra dos Ka´apor pelos Karaí, entretanto, ocasionaram novas hostilidades e estão colocando a sobrevivência étnica dos Ka´apor novamente em risco. A população atual é de aproximadamente 800 indivíduos.

São um povo agricultor, dependendo da mandioca-brava, que é consumida principalmente na forma de farinha. Armazenam frutos e caçam cervos-do-pantanal, porcos-do-mato, pacas, cutias, jabutis, jacarés, mutuns, queixadas, bugios, jacus, aracuãs e inhambus.

Língua

A língua Ka’apor é uma língua da família Tupi-Guarani, não falada por nenhuma outra tribo ou povo, exceto como segunda língua. É mais ligada à língua oiampi, falada a uma distância de novecentos quilômetros, do outro lado do Rio Amazonas. Aparentemente, foi influenciada pela língua geral amazónica, pela língua oiampi e pelas línguas caribes setentrionais.

Possuem uma elevada taxa de surdez, de 1 surdo para cada grupo de 75 ouvintes, superior à média de outros povos. Por este motivo, a tribo possui uma língua de sinais própria (a Língua de Sinais Ka’apor Brasileira – LSKB), usada tanto pela comunidade surda do povo, como também por seus membros não surdos na comunicação com os surdos.

Entre 1949 e 1951, Darcy Ribeiro, um dos maiores antropólogos brasileiros, fez duas expedições para visitar este povo. Darcy foi o autor de um dos primeiros documentários sobre uma tribo indígena no Brasil, chamado “Os índios Ka’apor: um dia na vida de uma tribo da floresta tropical”.

A luta dos ka

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